Renda do brasileiro chegou a cair 6,6% no segundo trimestre

A renda média do trabalhador brasileiro apresentou uma queda de 6,6% em relação ao segundo trimestre de 2021, quando comparado ao mesmo período em 2020, onde o país enfrentava um dos períodos mais difíceis da pandemia e ainda sem uma vacina que pudesse melhorar a situação.

Porém, mesmo nesse período complicado, a renda efetiva aumentou 0,9%, além de uma inflação que estava bem mais baixa do que a atual. Os dados foram divulgados no início desta sexta-feira (17), através do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada.

O levantamento cita que no mesmo período, os trabalhadores que optaram por trabalhar por conta própria, obtiveram um aumento no rendimento de 19,5%, sendo entre os funcionários da renda efetiva ficou em 2%, abaixo dos 6,5% que os informais obtiveram, muito por conta dos menores encargos e mais liberdade econômica para a modalidade.

Mesmo com aumento da desocupação, brasileiros buscam outras fontes de obter renda

A pesquisa entende que o aumento da renda habitual média pode ser justificado pelas perdas dos postos de trabalho, que na pandemia se concentrou principalmente em setores que já tinham baixas remunerações, como no comércio e alimentação. Muitos dos que foram demitidos, resolveram virar informais e obter o seu próprio sustento.

A desocupação não atingiu em grande parte aos trabalhadores com alta renda, como executivos e com longo tempo de carreira na mesma empresa, que em muitos casos conseguiram se adaptar ao regime home office.

Por mais que os resultados melhorem, o período ainda é de apreensão

Por mais que existam pequenos sinais de recuperação na economia, mesmo com a enxurrada de inflação provocada pelo Governo Federal, o período ainda é de cautela para afirmar que acontecerá uma retomada gradual da economia, como uma recolocação massiva dos postos de trabalho.

Apesar das melhorias nos rendimentos no segundo trimestre do ano, a recuperação ainda é lenta. O afastamento da ocupação atinge a 16,26% dos trabalhadores, o que representa 13,5 milhões de pessoas.

O retorno dos informais têm sido muito importante para diversos setores da economia, o que também possibilita que a renda média não caia tanto no comparativo com o último ano. O aumento da população ocupada também é fundamental para diminuir os impactos da perda do poder de compra.

Jovens adultos estão entre os principais afetados pela pandemia

Os principais afetados pela pandemia são os jovens adultos que têm entre 25 a 29 anos, que apresentaram uma queda nos rendimentos reais de 3,2% no segundo trimestre deste ano.

Se por um lado os jovens adultos estão tendo dificuldades para se manterem financeiramente, os idosos aumentaram a sua renda em 1,3% no mesmo período, devido ao elevado número de pessoas nessa faixa de etária que além de trabalharem, também são aposentados.

No início desta sexta-feira (17), o mercado reagiu de uma forma negativa à proposta de aumentar a alíquota do IOF para cobrir os custos do Auxílio Brasil, onde o dólar saiu de R$ 5,25 e chegou a estar cotado em R$ 5,33.

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