Investimentos em fundos de criptomoedas no Brasil acumulam R$ 2,7 bilhões

O número de fundos de criptomoedas no Brasil dobrou em apenas um ano, o que mostra que o interesse dos brasileiros por criptos tende a continuar evoluindo. Os fundos de investimento em criptomoedas foram autorizados pela CVM três anos atrás e hoje com o momento onde esse mercado se consolidou, acumula um capital de R$ 12,7 bilhões.

Com 184 mil cotistas, esses números mostram a dimensão do crescimento desse setor no mercado brasileiro e levando apenas em consideração a evolução de um ano. O patrimônio líquido dos fundos a um ano atrás era de R$ 230 milhões e o número de cotistas era de 14,3 mil. O crescimento de valores nesse período é de 115.000%.

Presidente da QR Capital destaca o crescimento das criptomoedas no Brasil

Fernando Carvalho, atual presidente da QR Capital, destacou que os fundos que são dedicados a criptomoedas figuram frequentemente nas primeiras posições do ranking que avaliam as melhores rentabilidades de fundos de investimento para os brasileiros.

O que ainda falta para que os fundos de criptomoedas realmente estourem de vez no Brasil, é receber uma entrada mais robusta dos investidores de varejo. Eles ainda compõem uma parte pequena do fundo total líquido em criptomoedas, avaliado em R$ 567 milhões.

O resto do montante se divide entre os investidores qualificados (que são os que possuem mais de R$ 1 milhão aplicado em finanças), que no caso dos fundos de criptomoedas na soma total chega a R$ 1,66 bilhão. Os profissionais do mercado somam juntos R$ 430,9 milhões.

Investidores do varejo esperam por um maior número de fundos para entrarem de vez

Uma explicação que pode ser dada para a ainda tímida entrada dos investidores de varejo, é que entre os 19 fundos de investimento existentes para criptomoedas, apenas 4 estão disponíveis para o público em geral. São o BLP Criptoativos, Hashdex 20 Nasdaq Crypto, Vitreo Cripto Metals Blend e BTG Pactual Bitcoin 2.0 FI Mult.

Algumas normas da CVM ainda limitam a exposição total dos investidores a fundos de criptomoedas. Como as criptomoedas se configuram como ativos de renda variável oriundas do exterior, não é possível alocar 100% do seu capital.

Além do aumento do patrimônio que é aportado em criptomoedas, infelizmente as regulações estão aumentando no país e que devem dificultar a entrada de novos investidores.

Além dos fundos, ETFs também se mostram como uma boa opção

Uma outra opção além dos fundos, é focar na exposição sob a gestão de ETFs, como o HASH11, que foi o primeiro a entrar em exposição em abril deste ano e já está no pódio das preferências do brasileiro que investe na Bolsa de Valores.

Com 126.071 inscritos, o ETF de criptomoedas HASH11, já ocupa a segunda colocação e deve superar em pouco tempo o BOVA11, que é o índice geral da Bolsa de Valores Brasileira. Desde abril, a CVM aprovou mais outros 4 ETFs de criptomoedas, sendo que eles sim garantem a exposição de 100% aos ativos, ao contrário dos fundos.

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