Frigoríficos da JBS são suspensos de importar para Arábia saudita

O governo brasileiro na data de hoje (7) foi comunicado pela Arábia Saudita, o segundo maior comprador de carne de frango do Brasil,  sobre a suspensão de importações de carnes de aves e produtos derivados de sete unidades da JBS e outros quatro frigoríficos brasileiros.

De acordo com comunicado publicado no site oficial da Saudi Food & Drug Authority (SFDA), a agência governamental que regula alimentos e medicamentos no país, as restrições começarão a valer a partir do dia 23 deste mês. No entanto, o motivo não foi informado.

A JBS (JBSS3), uma das principais companhias de alimentos do mundo, foi uma das grandes impactadas pelo anúncio. Na qual foram vetadas as compras das unidades de aves localizadas em Passo Fundo e Montenegro, e de plantas da Seara Alimentos de Brasília, Campo Mourão, Amparo, Ipumirim e Caxias do Sul.

Além disso,  outras proibições foram realizadas, referentes à importação de produtos de três fábricas da Vibra Agroindustrial S/A e uma da companhia Agroaraçá Alimentos.

Sua rival, a BRF não foi afetada pelo veto,  todavia a companhia já contava com suspensões temporárias para o mercado saudita em duas unidades, aplicadas no ano passado.

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Manifestação do governo

Segundo o Ministério da Agricultura e o Ministério das Relações Exteriores, o recebimento do comunicado foi uma grande “surpresa e consternação” a decisão da Arábia Saudita de suspender as importações de carne de aves de 11 frigoríficos brasileiros.

Em nota publicada no site oficial, o Ministério relata que não houve nenhum contato prévio das autoridades sauditas e que ainda não estão claras as justificativas para as referidas proibições.

Além disso, a nota afirma que o governo brasileiro está em contato com a Arábia Saudita e com a embaixada do país em Brasília para esclarecer a informação. “Todas as vias bilaterais e multilaterais serão empregadas com vistas à pronta resolução da questão. Caso se comprove a interposição de barreira indevida ao comércio, o Brasil poderá levar o caso à Organização Mundial do Comércio (OMC).”

Por fim, os ministérios reiteram  que o Brasil possui “elevados padrões de qualidade e sanidade seguidos por toda nossa cadeia de produtos de origem animal, assegurados por rigorosas inspeções do serviço veterinário oficial”.

Posicionamento da JBS

Em resposta a JBS (JBSS3) afirmou que procurou a Saudi Food and Drug Authority (SFDA), autoridade sanitária do governo da Arábia Saudita, para dialogar e entender as motivações para o bloqueio das exportações de carne de frango para o país.

“A produção antes destinada à Arábia Saudita já foi redirecionada para outros mercados”, segundo nota da empresa.

Com a notícia, as ações da JBS (JBSS3) iniciaram o pregão com queda de quase 2%, negociadas a R$ 30,19. No entanto, os papéis retomaram o preço e operam com avanço de 1,76%, sendo negociados a R$31,18.

Em suma, para o Bradesco BBI as informações divulgadas até o momento não trazem muita clareza sobre o potencial levantamento dessas suspensões, mas no geral, a decisão da Arábia Saudita, que responde por 13% das exportações de carne de frango do Brasil, parece ser marginalmente negativa para a JBS.

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