Conheça Sam Bankman-Fried, criador da exchange FTX

Imagine o seguinte cenário, aos 29 anos, não saber muito bem o que quer na sua vida profissional. Certamente pode ser o cenário de muitas pessoas. Afinal, achar uma carreira que realmente se sinta à vontade é um processo trabalhoso e nem sempre bem-sucedido.

Contudo, imagine que você acerte na sua ideia de carreira e monte uma empresa que passe a ser avaliada em US$ 18 bilhões de dólares?

Dessa forma, Sam Bankman-Fried, de 29 anos, construiu a exchange FTX. Com isso, o fundador da empresa, até 2010, estava na mesma situação informada no parágrafo anterior, ou seja, sem rumo e sem saber o que queria da vida. 

E, por volta de 2012, na Massachussets Institute of Technology (MIT), sua história com criptomoedas começou. Físico de formação com especialização em matemática, a história de Bankman é bastante curiosa.

Sendo assim, nesse artigo, iremos contar um pouco sobre a história do bilionário e fundador da FTX. A empresa, hoje, ameaça o mercado da maior exchange do mundo, a Binance. Fique por dentro da história do fundador de uma das maiores exchanges do mundo!

Veja também: Conheça a FTX, corretora de derivativos de criptomoedas

Criando propósito

Como dissemos anteriormente, Bankman estudou física no MIT, um dos principais centros de pesquisa tecnológica do mundo. Não é difícil de imaginar que poderia sair um projeto sobre criptomoedas de lá, muito embora Bankman seja um físico. Contudo, a motivação inicial não é associada a tecnologia.

Segundo Bankman, foi na faculdade que ele conheceu o altruísmo efetivo, um movimento fundado por dois professores de Oxford. De forma resumida, essa filosofia prega que é necessário fazer o bem da forma mais eficaz possível, utilizando apenas os recursos que estão disponíveis.

Nesse sentido, ele diz que o conhecimento sobre o altruísmo efetivo mudou completamente sua vida. Com isso, ele colocou em mente que deveria ganhar bastante dinheiro para que pudesse doar também bastante dinheiro.

Verificou também que fazer isso através de organizações não governamentais não seria o melhor caminho. Sendo assim, trabalhar no mercado financeiro seria o caminho mais óbvio para atingir seus objetivos.

Como começou com criptomoedas

Paralelo ao conhecimento do altruísmo efetivo, ainda na faculdade, Bankman começou a realizar estágio em uma empresa na Wall Street. A empresa atuava no ramo de negociação quantitativa e liquidez. Já nessa época, ele doava mais da metade do que ganhava para a realização de caridade.

Sendo assim, ainda nesse período de estágio, ele conheceu o mundo de criptomoedas. Nelas, enxergou que seria possível ganhar ainda mais dinheiro e cumprir com seus objetivos.

Segundo dele, “havia uma enorme demanda, grande volatilidade, grandes influxos, grande valorização de preços, grande quantidade de atenção e interesse, e a infraestrutura não estava lá”.

Criação de empresas

Nesse sentido, em 2017, ele funda a Alameda Research. A empresa tem como negócio a realização de trade quantitativo de criptoativos. Possui como foco a liquidez e formação de preços. E esse foi o início para fundar a FTX, 2 anos depois.

A corretora FTX, especializada em derivativos de criptomoedas, foi fundada em Antígua e Barbuda, na América Central. Hoje, possui escritórios também em Hong Kong.

Segundo Bankman, ele preferiu atuar fora dos Estados Unidos. O motivo é o medo da maioria das pessoas que atuam com criptomoedas, que é o risco de regulação. Além disso, fora do país de origem, seria possível oferecer mais produtos financeiros, como ações tokenizadas e contratos futuros.

A FTX

Bankman

Desde sua fundação, a FTX já atrai investidores não só dos locais onde possui escritório, mas de todo o mundo. A marca da exchange já está presente em diversos setores da economia.

Foram comprados naming rights de estádios, time de e-sports, também fizeram parcerias com famosos. Além disso, outras empresas foram compradas, como a bolsa de derivados de criptografia LedgerX.

Nesse sentido, como dissemos anteriormente, hoje, a exchange rivaliza com a Binance, uma das maiores do mundo. E os números estão disponíveis para comprovar. Em volume diário, a exchange de Bankman negocia aproximadamente US$ 19 bilhões por dia, estando entre as maiores do mundo.

Dessa forma, para seguir com a política altruísta de seu fundador, existe um cálculo realizado sobre as taxas de negociação. Sendo assim, 1% de todas as taxas líquidas são doadas para diversas instituições de caridade ao redor do mundo.

Contudo, as doações não são destinadas a qualquer instituição, são aquelas consideradas como “mais eficazes”. Até hoje, o total doado pela FTX foi de US$ 12 milhões.

Além disso, após o levantamento de US$ 900 milhões em uma rodada recente de financiamento, a empresa atingiu um valuation de US$ 18 bilhões de dólares. Nesse movimento, recomprou as ações da empresa que estavam com Binance, rompendo relações com a maior exchange do mundo.

Medo em relação à regulação

Segundo alguns especialistas, o rompimento com a Binance está associado ao risco regulatório. Nos últimos meses, os EUA vêm discutindo constantemente planos regulatórios para o mercado de criptomoedas, colocando alguns em prática. Como é sedeada nos EUA, a Binance vem sofrendo com estas ações de diversos estados.

Nesse sentido, como a FTX atua fora dos EUA, foi necessário que se desvinculasse da Binance. Segundo Bankman, “eu queria que a indústria, como um todo, fizesse um trabalho mais consciencioso de interface com os reguladores”. Além disso, informou que os players devem ser “responsáveis e mostrar que não precisam ter excessivamente regulamentos paternalistas”.

Veja também: Binance vai encerrar suas atividades em mais um país; Veja qual!

Conclusão

A história de Bankman se assemelha de muitos outros empreendedores e bilionários ao redor do mundo. Não necessariamente todos eles tinham como objetivo principal ganhar cada vez mais dinheiro para que pudesse doar cada vez mais. Mas, todos eles possuem algum propósito por trás.

Nesse sentido, esse propósito guia todas as estratégias e ações para o atingimento destes objetivos. E foi isso que Bankman fez. Ao enxergar que o mercado financeiro, mais especificamente o de criptomoedas, seria o caminho mais adequado, ele focou todos os esforços nesse sentido. Os resultados destes esforços são claros.

De mesmo modo, isso se aplica também para nossas vidas. Claro, nem todo mundo com propósito vai atingir uma ideia de US$ 18 bilhões de dólares.

Contudo, quando sabemos exatamente o que queremos, o caminho se torna mais claro. Bankman possui uma história que tem bastante a ensinar a gente, não necessariamente pelo motivo de realizar doações, mas por esse tipo de ação guiar suas estratégias ao longo da vida. 

Veja também: CEO da Binance renuncia ao cargo em um momento delicado enfrentado pela empresa

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