Conheça a FTX, corretora de derivativos de criptomoedas

Existem diversas corretoras de criptomoedas pelo mercado. Contudo, não são muitas as que se consolidam como a FTX. Hoje ela é considerada a oitava maior corretora de criptomoedas ativa no mercado. Além disso, a Exchange é sediada em Honk Kong, embora atue em diversos países ao redor do mundo, inclusive no Brasil.

Nesse sentido, a plataforma alcançou, no final de 2020, o valor de mercado de R$18 bilhões, atingindo o título de unicórnio. O curioso é que o resultado foi alcançado em apenas 1 ano e meio após a sua criação, em maio de 2019.

Sendo assim, neste artigo vamos trazer alguns motivos que fazem a FTX ser uma das maiores corretoras de criptomoedas no mercado. Também abordaremos algumas curiosidades sobre a corretora e como é feita sua atuação no Brasil. Além da sua especialidade mais voltada para o mercado de derivativos

A ascenção da FTX

Segundo o CEO do unicórnio das exchanges, Bankman-Fried, o sucesso da corretora está relacionado à busca por “frutos mais fáceis”. Assim sendo, ele explicou que, basicamente, apostou na criação de soluções para problemas que existiam em outras exchanges.

Nesse sentido, Bankman fez algumas comparações. “O mecanismo de correspondência do Bitmex estava constantemente caindo”, disse ele. Além disso, o CEO afirmou que “o evento bitcoin cashfork da OKEx foi como a pior ação corporativa tratada que eu já vi”.

Em 2020, a empresa atingiu 85 milhões de dólares de taxas de receita em 2020. Com isso, negociando mais de 100 bilhões de dólares no mercado de futuro de bitcoin. Tem como característica a agilidade para lançar novos produtos para os usuários de sua plataforma. Com isso, a empresa consegue oferecer um grande portfolio de opções para negociação de derivativos de criptomoeda.

Expansão da Marca

Recentemente, a empresa vem expandindo sua marca, comprando naming rights em diversos setores de negócio. Com isso, um desses setores é o universo gamer. A FTX realizou um aporte de US$210 milhões na equipe de esports TSM, que passou a se tornar TSM FTX

Dessa forma, segundo Bankman, CEO da FTX, disse que existe um paralelo entre a Exchange e times de esports. Para ele, o esport “pegou uma indústria e reimaginou na era digital”. Continuando, ele afirmou que essa transformação também está acontecendo com o mercado financeiro com a chegada das criptomoedas.

Além disso, a corretora acertou a compra dos naming rights da casa do time de basquete da NBA, Miami Heat, pelo valor que antes era batizada de American Airlines Arena. Dessa forma, com a compra, passou a se tornar a FTX Arena.  O contrato foi de US$ 135 milhões de dólares. A compra parece ser bem acertada, visto que Miami pretende ser a capital mundial das criptomoedas. A cidade possui um prefeito bastante entusiasta da indústria de criptomoedas. Inclusive

Por fim, a mais recente investida da corretora foi tornar-se patrocinadora oficial da Major League Baseball, a liga de baseball americana. O acordo de patrocínio prevê duração de 5 anos, além disso, cada árbitro receberá um distintivo da FTX em seu uniforme.

Plataforma de NFTs

Além de realizar transações em criptomoedas, a FTX lançou, recentemente, uma plataforma para a negociação de tokens não fungíveis (NFTs). Com isso, inúmeros NFTs já foram listados no marketplace, sendo hospedado tanto no site principal da corretora FTX como no da corretora FTX.US.

Contudo, um fato curioso é que a empresa lançou um NFT, intitulado de “SBF Lunch”, que da direito a um almoço de 30 minutos com o CEO da FTX, Sam Bankman-Fried (SBF). A corretora está cobrando uma taxa de 5% tanto para compradores quanto vendedores de NFTs.

Com isso, a empresa se juntou a outras do mercado de criptomoedas a entrar para o setor de NFTs. A Binance lançou no mês de junho um marketplace. Já a indiana WazirX, que também pertence à Binance) já havia anunciado no final de maio o lançamento de sua plataforma. Por fim, a sul-coreana Korbit também lançou sua plataforma de NFT.

Além disso a corretora também possui seu token nativo emitido pela blockchain Ethereum. Com isso, os Stakers da (FTT) recebem um desconto na taxa de negociação. Além da possibilidade de voto e outras recompensas.

Veja também: NFTs: Entenda essa nova tendência entre milionários

FTX no Brasil

A corretora entrou no Brasil em 2020, um ano após ser lançada no mercado internacional de criptomoedas. E, segundo Antônio Neto, representante da FTX no país, “o Brasil pode contribuir cada vez mais com a valorização da FTX”. Além disso, através de uma parceria com a Transfero Swiss, passou a aceitar depósito e saques em BRL. Estas transações podem ser feitas por TED ou por meio do BRZ, utilizando uma infraestrutura de Ethereum.

Além disso, em setembro de 2020, a FTX decidiu reduzir a taxa de saque da plataforma de investimentos em criptoativos no país. Antes, a taxa era de 0,5% e passou para 0,3%. Com isso, a plataforma tornou-se ainda mais competitiva para investidores de criptoativos no país, além de mesas de OTC.

Além disso, há o fato de os usuários contarem com as menores taxas de maker (0%) e taker (0,07%) do mercado brasileiro. Também oferece uma página para negociações OTC (grandes volumes), com a maior liquidez e os menores spreads do mercado brasileiro. Com isso, a FTX vem ganhando grande notoriedade no mercado brasileiro, se tornando a principal referência para a venda da criptomoeda no mercado nacional.

Neutralidade em carbono

Um assunto que vem sendo constantemente debatido é a quantidade de energia gasta para manter a indústria de criptomoedas ativas. Com isso, Bankman-Fried, CEO da FTX, calculou a quantidade de “eletricidade suja” as criptomoedas utilizam no processo de mineração. Sendo assim, ele chegou no valor de US$0,0026 para cada US$1 gastos em mineração de uma moeda que utiliza o modelo “proof-of-work”.

Nesse sentido, o CEO decidiu que iria doar US$0,0026 para cada US$1 que os clientes da FTX pagarem em taxas de blockchain ou de gás. Com isso, o intuito é se tornar neutra em carbono. Estima-se que a companhia deva pagar quase US$60 milhões em taxas de blockchain.

Veja também: Como o desenvolvimento da Estônia a tornou um dos países mais ricos da Europa?

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