Bolsonaro reconhece aumento da inflação e elogia esforço dos agricultores

O presidente da República, Jair Bolsonaro nesta sexta-feira (18), em uma cerimônia de entrega de títulos de propriedade rural em Marabá, no estado do Pará, reconheceu novamente o aumento da inflação. Nas palavras de Bolsonaro o mesmo disse: “Temos um problema de inflação? Temos. Mas se os agricultores não tiverem emprego, vamos ter falta e a situação vai piorar”.

Na última quarta-feira (16), o Comitê de Política Monetária (Copom)  aumentou em 0,75 ponto percentual a taxa básica de juros, a Selic, por decisão unânime. A Selic foi alterada de 3,5%  para 4,25% ao ano. A mudança é a terceira alta consecutiva, desde o movimento de alta dos juros, iniciado no mês de março deste ano.

Em comunicado, o Copom a ressaltou que aguarda por um novo ajuste, bem similar ao que vem acontecendo neste momento, no entanto, caso o cenário inflacionário brasileiro piore, a autoridade monetária poderá anunciar um aumento ainda maior.

O mercado já prevê que a inflação alcance 5,82% para 2021. No entanto, a meta do Banco Central para este ano é de 3,75%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) poderia oscilar entre 2,25% e 5,25%.

Veja também: Tesouro IPCA ou Tesouro Selic, qual a melhor opção para o cenário atual? 

Fala de Bolsonaro

Bolsonaro recebeu uma homenagem da Câmara Municipal da região e voltou a atacar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que, a seu ver, era o responsável pelo “comportamento perverso” que ameaçava os direitos de propriedade. “O homem só pode produzir se tiver segurança naquilo em que trabalha. E esses títulos hoje distribuídos aqui são um direito de vocês”, disse o presidente.

O presidente aproveitou o seu discurso para novamente falar sobre o auxílio emergencial, destacando que o seu governo foi responsável pelo gasto de R$ 300 bilhões aos cofres públicos, com objetivo de atender os mais necessitados. De acordo com Bolsonaro, o valor é equivale a cerca de dez anos de pagamento do Bolsa Família.

Encontro com empresários e aglomeração

Na mesma semana, Flávio Bolsonaro e seu pai, participaram de um almoço em hotel na Barra da Tijuca, no Rio, com empresários fluminenses que trouxeram suas demandas para o Bolsonaro. Conforme a fala de Flávio, o presidente teria solicitado aos empresários que o comércio reduzisse, na medida do que fosse possível, a margem de lucro de seus negócio, de modo a evitar a alta da inflação.

De acordo com Flávio, a tendência é que ocorra um aumento dos preços dos itens de primeira necessidade.

Além disso, o que mais chamou atenção na chegada  do presidente ao Aeroporto de Marabá, foi a multidão que o esperava, gerando uma grande aglomeração. Bolsonaro não usava máscara, abraçou e apertou a mão para cumprimentar os apoiadores. Vale ressaltar que atualmente, o Brasil País contabiliza 496.172 óbitos e 17.704.041 casos, segundo balanço do consórcio de veículos de imprensa com dados das secretarias de Saúde.

Também estiveram presentes no encontro o ministro da Infraestrutura Tarcísio Gomes de Freitas e a ministra da Agricultura Tereza Cristina, além do presidente da Caixa, Pedro Guimarães, o senador Zequinha Marinho (PSC-PA) e os deputados federais Éder Mauro (PSD-PA) e Joachim Pasa Rinho (PSD-PA).

Veja também: Tipos de investimentos contra a inflação

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