Bancos centrais veem benefícios em investir em criptomoedas

A 27ª Pesquisa do Seminário Anual de Gestão de Reservas do UBS, uma fusão dos bancos Union de Banques Suisses com a Société de Banque Suisse, explorou as perspectivas das criptomoedas como investimentos para os bancos centrais. A pesquisa foi realizada entre abril e junho deste ano, questionando cerca de 30 bancos centrais em vários  lugares do mundo.

A pesquisa ocorre no momento em que podemos observar diversos investidores institucionais comprando cada vez mais bitcoin e outras criptomoedas, com objetivo de incluí-las em seus balanços para investimentos. Dentre essas empresas, podemos citar a norte-americana MicroStrategy, que atualmente possui o maior número de bitcoins em seu patrimônio.

Com mais de 105 mil bitcoins, que custaram cerca de 2,71 mil milhões de dólares, Michael Saylor, o co-fundador da MicroStrategy, acredita que não há outro ativo que consegue ser mais valioso. De acordo com Saylor, o Bitcoin esta no topo de uma grande rede tecnológica.

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Resultados da pesquisa

Conforme o maior banco da Suíça, esta pesquisa está entre as representações mais confiáveis ​​das atividades de gestão de reservas oficiais disponíveis. Cabe ressaltar que os bancos centrais foram questionados sobre qual seria a motivação para investirem em criptomoedas, tais como o bitcoin.

A resposta mais frequente era “Aprendendo / construindo conhecimento sobre o processo de investimento em criptografia e gerenciamento de investimento”. Segundo o UBS, 83% dos participantes acreditavam que o próprio processo de aprendizagem de investir e gerenciar esta nova classe de ativos seria valioso para sua instituição.

Bancos centrais veem benefícios em investir em criptomoedas
27ª Pesquisa do Seminário Anual de Gestão de Reservas do UBS. Fonte: UBS

A segunda resposta que foi mais mencionado na pesquisa foi: “Ativo não correlacionado”. Já a terceira resposta foi: “Sinalizando o progresso técnico da instituição”. Além disso, outra resposta muito comum foi: “Alternativa de ouro (independência do sistema financeiro ocidental)”.

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Criptomoedas: Uma nova descoberta

Além disso, os bancos centrais também foram questionados de forma específica se havia uma visão, por parte deles, onde as criptomoedas poderiam substituir o ouro como um ativo de reserva de valor ao longo do tempo. Entre os entrevistados, 84% disseram que não, 0% disseram que sim e 16% disseram que não sabiam.

Conforme apontado pela pesquisa do UBS, 84% dos participantes não acredita que as criptomoedas irão substituir o ouro como ativo de reserva de valor.  A pesquisa também indagou os bancos centrais sobre as moedas fiduciárias digitais de cada país, como resultado, 46% dos entrevistados indicaram que os CBDCs e criptomoedas devem coexistir, afirmando que o bitcoin e as demais criptomoedas não serão substituídas pelas moedas digitais dos bancos centrais (CBDCs).

Em contraponto, 33% dos participantes acreditam que os CBDCs irão substituir as criptomoedas. Em suma, conforme os dados da pesquisa, 28% constatam os benefícios das criptomoedas como um ativo não correlacionado e 11% considerariam as criptomoedas como uma alternativa ao ouro.

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