PIB brasileiro tem maior retração desde 1990. Veja os números!

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quarta-feira (3) o resultado da variação do Produto Interno Bruto (PIB) acumulado durante o ano de 2020, que foi bastante marcado pela crise pandêmica.

Nem o avanço de 3,2% na economia do Brasil no último trimestre do ano acabou sendo suficiente para o país registrar sua pior queda anual no PIB desde o ano de 1990, período que foi governado pelo então presidente Fernando Collor de Mello.

A queda do PIB em 2020 foi de 4,1%, cerca de 0,25 pontos percentuais abaixo do registrado em 1990, que foi de 4,35% na ocasião em que o país tinha a presença de Collor na presidência.

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Os dados do PIB no Brasil são registrados desde o ano de 1900, e desde então houveram poucas quedas parecidas ao que aconteceu no ano de 2020. Em outras palavras, o tombo de 4,1% foi o terceiro maior registrado no Brasil em sua história.

Durante essa história, cujos primeiros registros foram obtidos pela Fundação Getúlio Vargas e Ipea, apenas 17 vezes o Brasil obteve um encolhimento anual de seu PIB. Nesse sentido, as 3 piores retrações históricas foram: 4,3% em 1981 e 1990 e agora os 4,3% em 2020.

Os anos de 2015 e 2016 foram marcados por retração no PIB brasileiro. De 2017 a 2019 foram 3 altas consecutivas e agora em 2020, os dados interrompem o crescimento com uma das maiores recessões de toda história.

Além disso, o economista-chefe da Necton, André Perfeito, aponta outro fator interessante: “Nos chama atenção a melhora ainda discreta da Formação bruta do Capital Fixo sobre o PIB que atingiu 16%. Este número tem que melhorar ainda mais, mas a variação na margem do Investimento em 20% é um bom sinal”.

A comparação com outros países

No ranking que mede o crescimento ou retrocesso do PIB nos países ao redor do mundo, o Brasil acabou ocupando a 21ª posição em ordem de variações mais positivas para as maiores quedas.

PIB brasileiro tem maior retração desde 1990.
Fonte: Austin Rating, IBGE, Bancos Centrais, Eurostat, OCDE, FMI, Banco Mundial e The Economist.

A lista conta com 50 países, onde apenas 3 tiveram resultados positivos no ano, como pudemos ver na tabela. Os EUA aparece em 16º lugar, com retração de 3,5%, sendo um dos primeiros colocados entre os países conhecidos por ter as maiores economias do mundo.

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