Pesquisa aponta que 70% dos bares e restaurantes no Brasil têm dívidas

Uma das situações que muitos empresários mais vem enfrentando durante a pandemia, principalmente no comércio, é o acúmulo de dívidas. Com a queda de receita, surge a dificuldade para pagar contas simples como Simples Nacional, Imposto de Renda e INSS.

No estudo mais recente da Abrasel, três a cada quatro donos de bares e restaurantes, apontaram que estão com débitos vencidos. 81% destes empresários estão com o Simples Nacional em atraso, como o pagamento do Simples Nacional e outros impostos, como Imposto de Renda e INSS. Os atrasos e dívidas também seguem para impostos municipais, como o IPTU.

Qual a solução em meio a tantas dívidas?

Em meio a tantos problemas financeiros, como as próprias dívidas, 74% consideram fazer um empréstimo via Pronampe, caso o programa volte a ser aberto. No estudo feito no mês de abril, 44% dos estabelecimentos não podiam funcionar após as 20h, um horário de pico e que gerava muita receita antes da pandemia.

Além disso, 40% das empresas estão faturando menos do que recebiam antes da pandemia. Os dados são oriundos de uma pesquisa atual feita pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel). A queda do faturamento aconteceu principalmente pela falta de demanda dos clientes e também pelo medo de aglomerações.

Cerca de 77% desses estabelecimentos registraram prejuízos no mês de abril, um pouco menor do índice que foi registrado em março, que foi de 81% naquela ocasião. Uma fatia de 49% enfrentaram muitas dificuldades para pagar salários. Esse número foi melhor do que o apresentado em março, quando 91% registraram incômodos para pagamentos de salários.

Abertura recente dos comércios ajudou, mas não é o suficiente

Com a novas medidas, como a flexibilização da pandemia para que o comércio geral possa voltar às suas atividades, pelo menos 58% dos donos de bares e restaurantes afirmaram que pretendem voltar a pagar novamente o FGTS. Além disso, 44% adotaram a redução da jornada de trabalho e que teve respaldo através do BEm, programa pago pelo Governo. Com isso, muitas empresas ainda apresentam dívidas.

Para este setor, a imagem dos Governos estaduais está muito desgastada. Cerca de 76% desaprovam boa parte ou quase todas as ações dos Governos de seus estados, índice que é um pouco menor para as prefeituras (66%) e menor para a atuação do Governo Federal na pandemia, 42% da opinião dos entrevistados.

Previsão de melhora da Economia deve acontecer apenas em 2022

Uma parcela de 71% da população brasileira acredita que a Economia apenas irá melhorar em 2022, principalmente se a vacinação continuar avançando. Obviamente que uma segunda onda da pandemia é muito temida, tanto pelos empresários de maior porte como pelo comércio geral, o que gera ainda mais possibilidade de mais dívidas.

Cerca de 83% dos brasileiros acreditam que a vacinação está muito lenta. Além disso, 35% das pessoas que ainda não foram imunizadas, não acreditam que irão receber a primeira dose do imunizante ainda em 2021.

Porém, não são apenas os comerciantes, como os donos de bares e restaurantes que viram a sua renda diminuir durante a pandemia. O medo do desemprego e dívidas é menor do que em 2020, porém persiste, ainda mais com a dificuldade que a economia brasileira está enfrentando, assim como na maior parte do mundo, mesmo nos países mais desenvolvidos.

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