Congresso americano certifica Biden em meio a tensão e protestos

Centenas de apoiadores de Trump invadiram ontem (6) o congresso americano em meio a um protesto com milhares de manifestantes. O momento do ocorrido foi justamente durante a sessão que certificaria Joe Biden como novo presidente dos EUA, mas acabou sendo interrompida.

Em meio ao tumulto a certificação de Biden acabou sendo adiada, diversos parlamentares acabaram ficando acuados em escritórios dentro do congresso e o policiamento acabou não dando conta de todos os manifestantes, que acabaram conseguindo entrar no congresso, mesmo com ele fechado.

Donald Trump incentivou que protestos fossem realizados, frente a insistência de que as eleições teriam sido fraudadas, mas pediu paz aos que estavam reivindicando suas exigências no congresso, de modo a se mostrar contra a parte da violência que ocorreu.

Biden mostrou duras críticas à invasão que foi realizada: “Nossa democracia está sendo atacada, um ataque aos representantes do povo (…) As cenas de caos não refletem a América verdadeira. O que vimos foi um pequeno número de extremistas. Isto é desordem, é o caos. Eu peço para que esta multidão se retire”.

A questão que preocupava os analistas ligados ao mercado financeiro desde que a eleição se encerrou em 2020, é justamente de que a transição presidencial fosse realizada sem problemas mais sérios, uma vez que o desenvolvimento das tensões poderiam trazer uma instabilidade política que poderia afetar temporariamente as bolsas.

Veja também: Democratas levam o Senado nos EUA em dia de certificação de Biden

Horas depois, quando a segurança foi reforçada no local e os ânimos puderam ser finalmente acalmados, Joe Biden foi confirmado pelo congresso como novo presidente americano, que terá sua posse a partir do dia 20 de janeiro.

A certificação aconteceu durante esta quinta-feira (7), em um horário alternativo ao que era para ser realizado. O Senado e a Câmara dos Deputados acabaram rejeitando duas objeções à apuração do resultado que havia sido obtido na eleição presidencial, que deu a vitória a Biden com 306 votos a seu favor e 232 a Trump.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, foi quem dirigiu a sessão no congresso para a certificação de Biden. Trump considerou que houve falta de apoio de Pence, criticando-o em seu Twitter.

Trump disse em sua rede social: “Mike Pence não teve a coragem de fazer o que deveria ter sido feito para proteger nosso país e nossa Constituição, dando aos estados a chance de verificar uma série de fatos verdadeiros, não os fraudulentos e incorretos que pediram a eles que confirmassem. Os EUA demandam a verdade”.

Mesmo continuando a afirmar que houve fraude nas eleições e que o verdadeiro vencedor seria ele, Trump afirmou que fará uma “transição ordeira”, de modo que sinalize uma saída e cumprimento da troca de governança de forma mais pacífica no dia 20.

“Mesmo que eu discorde totalmente do resultado da eleição, e os fatos me confirmem, haverá uma transição ordenada em 20 de janeiro”, disse Trump. E completou o discurso dizendo que: “Embora isso represente o fim do maior primeiro mandato da história presidencial, é apenas o começo de nossa luta para tornar a América grande de novo”.

Veja também: Bitcoin valoriza 100% em 3 semanas e chega a R$200 mil

Total
0
Shares
Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Related Posts