Guedes quer privatizar Petrobras e Banco do Brasil em até 10 anos

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a defender no início desta semana a importância da agenda de privatizações, afirmando que espera que nos próximos anos tanto a Petrobras como os Correios passem para as mãos da iniciativa privada.

Guedes deu as declarações após participar de uma videoconferência “O Brasil quer mais”, que foi organizada pela International Chamber of Commerce. Ele afirma que o plano é continuar com as privatizações para os próximos dez anos.

Após as vendas, o plano do Ministro é realizar a transformação em “dividendos sociais”, com a intenção de que o Governo utilize os fundos contra a miséria. Lembrando que durante a campanha eleitoral de 2018, Bolsonaro disse que não gostaria que a Petrobras fosse privatizada.

Bolsonaro também vetou a privatização do Banco do Brasil no passado

Não foi apenas a Petrobras que o atual presidente Jair Bolsonaro afirmou que não gostaria de uma privatização. Em 2019 ele vetou a privatização do banco, porém o Ministro da Economia deve seguir com o projeto de privatizar o BB.

Guedes acredita que o atual governo não está acelerando no projeto das privatizações, porém mesmo assim destacou que em dois anos e meio foram privatizados o equivalente a R$ 240 bilhões.

Guedes acrescentou a importância da participação do Governo nas privatizações

Paulo Guedes lembrou das participações do Governo nas privatizações dos Correios e Eletrobras, que só foram possíveis após as negociações com a Câmara e o Senado. Se a política agir, as coisas vão poder acontecer e a agenda da pasta da economia vai agradecer.

O Ministro afirmou que gostaria de ver algumas alterações no futuro, como mudar o regime previdenciário para se obter capitalização, que foi rejeitado pelo Congresso Nacional em 2019. Nesse regime, os benefícios são pagos de acordo com as contribuições feitas pelos trabalhadores.

Possibilidade de redução das alíquotas para importação

Também citado no discurso, Guedes ressaltou que a redução de 10% na Tarifa Externa Comum do Mercosul já foi implementada para bens, como máquinas e produtos de informática, com o intuito de facilitar uma redução das alíquotas para todos os países do Mercosul, porém o projeto está sendo rejeitado pela Argentina.

O Brasil não tem nenhuma intenção de sair do Mercosul, porém Guedes já afirmou que não será aceito um grupo de posição ideológica. O Mercosul é uma plataforma das mais importantes para a economia global, sendo sempre necessário entregar serviços cada vez mais modernos.

Guedes é visto como uma pessoa de personalidade forte. Ele inclusive lembrou que em determinado momento e quando a Argentina não estava em recessão econômica, afirmou aos demais membros do Mercosul que os “incomodados deveriam se retirar” e que agora eles é que têm de ouvir isso.

Por fim, Paulo Guedes lembrou que além de seguir na privatização dos Correios e Banco do Brasil, também é necessário aprovar a Reforma do Imposto de Renda, que prevê a tributação de lucros e dividendos, além da busca de diminuir a tributação das empresas para os próximos anos, que hoje está acima de 20%.

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