Você sabe alocar o risco dos seus investimentos?

Risco é uma medida subjetiva, cada um tem sua própria concepção de risco. O que nos faz assumir riscos nos investimentos é o retorno que isso pode nos proporcionar. Por exemplo: a emoção de pular de pára-quedas, ir até outro país para ver a final do seu time de futebol, ou até mesmo investir.

Diversificar a carteira em diferentes classes de investimentos é crucial para alcançar o equilíbrio. No entanto, apenas a diversificação e análise de investimentos não bastam para que o investidor seja bem sucedido em ganhar dinheiro. 

Como fazer diversificação de investimentos

Poucas pessoas sabem o quanto de risco devem estar dispostas a correr. O risco no investimento é interpretado como chance de perder dinheiro, ou da oscilação do seu patrimônio.

Você pode ter uma carteira bem diversificada, mas ela pode estar com um risco diferente da sua tolerância, o que pode causar vieses comportamentais, que te levam a tomar decisões ruins para seus investimentos.

Quanto você pode perder antes de ganhar?

Poucas pessoas se fazem essa pergunta antes de investir. Até quanto você pode perder antes de começar a investir em um determinado ativo? Essa relação vai te dizer qual é a sua tolerância ao risco.

Nem todo mundo é altamente tolerante a perdas financeiras. É por isso que essa pergunta pode soar estranha em um primeiro momento. O autoconhecimento como investidor é fundamental antes de começar a pensar em colocar dinheiro em algum investimento.

Quem não tolera perdas financeiras se encaixa no perfil conservador, deve procurar investimentos de renda fixa e o mínimo de renda variável. O risco de perder dinheiro é muito baixo, assim como os retornos do investimento.

O que é Renda Fixa? Fuja da poupança

Investidores que conseguem tolerar um certo grau de perda estão situados em um perfil moderado e agressivo, podendo partir para um mercado de renda variável, que é mais suscetível a ganhos mais altos, embora tenha risco maior de perder dinheiro.

Risco e Retorno são dois fatores inversamente proporcionais. Isso significa que quanto maior o risco de perder dinheiro, maior será o retorno de um investimento. O oposto também se aplica a essa relação.

A princípio, é bem difícil descobrir sua tolerância ao risco apenas na teoria. É preciso investir e experimentar até onde você consegue chegar. O primeiro passo é se perguntar: “Até quanto posso perder com investimentos?”.

A sua resposta vai determinar o quanto você deve investir. Você tem R$ 2.000, mas só pode perder R$ 200? Tudo bem, 10% do seu patrimônio é o quanto você deve investir. O certo é começar com pouco dinheiro, aumentando os investimentos conforme vai ganhando confiança. 

O problema de quem não sabe alocar risco nos investimentos

Quem não se entende como investidor tende a perder muito dinheiro. Isso acontece por diversas razões: o risco total da sua carteira não condiz com seu perfil, ou você está sendo enviesado e toma decisões ruins. 

Investir é fazer uma viagem no tempo. Você transporta seu dinheiro do presente e leva para o futuro. Infelizmente, poucas pessoas são bem sucedidas nessa viagem, porque não conseguem permanecer por muito tempo no mercado.

Entrar e sair do mercado, ou seja, tentar adivinhar o melhor momento é sempre difícil. Para falar a verdade, poucas pessoas sabem fazer isso. Fazer isso com frequência pode reduzir drasticamente sua chance de encontrar as melhores oportunidades.

Saber alocar risco é a melhor forma de criar riqueza com a passagem do tempo. Porque um bom gerenciamento pode garantir um investimento racional de longo prazo, evitando saídas equivocadas do mercado.

Por exemplo, você pode ter 10% da sua carteira em alguma ação promissora, mas que oscila muito. Um dia ela pode ter uma grande oscilação e você, com medo, vender tudo para se desfazer das suas ações.

O problema ocorre se o preço dessas ações se recuperar e valorizar a longo prazo. Quem saiu do mercado perdeu a oportunidade. Se a alocação tivesse sido 1%, talvez você não teria saído do mercado, pelo contrário, teria aproveitado a oportunidade para comprar mais.

Existem muitos exemplos parecidos com este e eles ocorrem quando não estamos alocando bem o nosso risco, o que nos deixa vulneráveis contra os vieses comportamentais, que é quando tomamos decisões com base na emoção.

Como controlar o viés comportamental nos investimentos

Tenha dinheiro em caixa

É importante nunca comprometer 100% do seu dinheiro em aplicações financeiras. Warren Buffett, um dos maiores investidores de todos os tempos, mantém 20% da sua carteira de investimentos em dinheiro. 

Ter um caixa aumenta sua opcionalidade, você fica sujeito a aproveitar boas oportunidades no mercado. Na crise de 2008, Buffett aproveitou o cenário de baixa para comprar ações, e lucrou cerca de US$ 10 bilhões com isso 6 anos depois.

Em cenários de crise e pânico, quem tem caixa, isto é, liquidez, é rei. O poder de barganha fica muito maior. Estar com 100% do dinheiro investido pode tirar a chance de aproveitar as ofertas nos mercados.

Estratégia de Barbell: como ter uma carteira antifrágil

O que você leva daqui?

Diversificação é muito importante, mas o essencial é conhecer o seu perfil de investidor, de forma a saber o quanto você está suscetível a risco. Uma carteira desbalanceada em risco leva o investidor a tomar decisões ruins e enviesadas.

Uma das formas de saber sua tolerância ao risco é se perguntar: “quanto eu posso perder?”. A resposta será o quanto você pode investir com tranquilidade. É importante começar com pouco e ir aumentando os investimentos conforme o aprendizado.

Ter dinheiro em caixa pode te ajudar a aproveitar cenários de estresse nos mercados. Quem tem liquidez é rei, ou seja, pode aproveitar para comprar investimentos subvalorizados e ganhar mais com isso.

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