Banco Central incentiva projetos envolvendo Blockchain

Nesta última quinta-feira (8), o Banco Central anunciou que realizará um incentivo ao Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (LIFT), em um projeto de Criptomoeda com Blockchain, Finanças Descentralizadas (Defi), Dapps, e tokenização.

O projeto em questão que será incentivado pelo BC chama-se, RBDC- Real Backed Digital Currency, projeto esse que foi apresentado pela startup nTokens. A ideia do projeto incentivada pelo Banco Central é criar contas digitais com Blockchain, as contas vão ser interligadas ao PIX e permitirão uma liquidação DvP imediata.

“O projeto é de Liquidação DvP (Delivery versus Payment) de ativos digitais — transações atômicas no jargão cripto. De certa forma, interoperabilidade” completou Thomas Brandão Teixeira, cofundador e CEO da nTokens.

A intenção do Real Backed Digital Currency ao ligar a Blockchain e as criptomoedas ao PIX é permitir que as empresas consigam desenvolver soluções de DeFi, Dapps e Tokenização de ativos utilizando a rede Blockchain. Isso funcionaria como uma Parachain para os sistemas integrados do Banco Central, como, por exemplo, o PIX.

Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas muito além da Blockchain

O RBDC, o projeto associado a Blockchain que será incentivado pelo Banco Central, não foi o único que foi sancionado pelo LIFT. Além do RDBC tiveram ainda outros 10 projetos selecionados no LIFT lab 2021, foram 43 propostas ao total.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, foi quem anunciou os projetos que foram escolhidos, o anúncio ocorreu no evento virtual LIFT Talks. O projeto é coordenado pelo Banco Central em conjunto com a Federação Nacional de Associações de Servidores do Banco Central (Fenasbac).

“É importante lembrar que a gente precisa de um ambiente que fomente a inovação. Estou muito feliz em ver os projetos do LIFT Lab se transformarem em produtos. A gente tem os resultados práticos dos recursos que já foram investidos nesses projetos”, afirmou o Presidente do Banco Central, ao anunciar os selecionados.

Roberto Campos Neto também ressaltou que o custo para se fazer negócios que dão certo no Brasil é muito alto. “O custo para se montar uma empresa que dá certo é alto, mas o custo para se montar uma empresa que dá errado é altíssimo. Nesse mundo de inovação, a gente precisa ter projetos, como o LIFT Lab, que fazem com que esse custo de experimentação seja baixo”, afirmou.

Criptomoedas e o Banco Central

Thomas Brandão Teixeira CEO da nTokens comentou sobre a preparação realizada pela equipe por trás do LIFT: “Todo mundo que conversei é muito bem preparado, manjam muito de mercado de cripto e conhecimento enciclopédico sobre regulação”. Sobre CBDCs (Moeda Digital do Banco Central) e criptomoedas no geral.

O especialista ainda afirmou que a equipe está bem antenada no movimento mundial que está acontecendo em volta do Bitcoin e criptomoedas, salientou também que isso é uma parte essencial para que o projeto funcione e para que mais projetos que tenham tecnologias de alcance mundial possam ser realizados.

A edição do ano de 2020 do LIFT teve 25 projetos, sendo que muitos deles se utilizavam da Blockchain. De todos os apresentados, 21 foram selecionados para a fase final e foram apresentados no LIFT day 2021, ele marca todo ano a etapa de desenvolvimento de todos os projetos apresentados.

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