Nesta última terça-feira, a Privalia soltou um comunicado ao mercado informando a suspensão da sua oferta pública inicial de ações. O principal motivo relacionado a decisão é a “volatilidade das condições do mercado verificados nos últimos dias”.
O IPO da empresa iria emitir, em oferta restrita primária, ou seja, destina à investidores profissionais, 23.235.551 ações. Já na oferta secundária, seriam emitidas 20.348.837 ações.
Nesse sentido, vale lembra que já é a segunda vez que a empresa suspende seu IPO na Bolsa de Valores Brasileira. A empresa havia previsto realizar o IPO em 2020, mas a pandemia atrapalhou os planos e gerou insegurança. A ideia era captar R$ 3 bilhões em 2020.
Contudo, nesta segunda tentativa de abertura de capital, a empresa possuía planos menos ambiciosos. Era esperado captar R$1,5 bilhões de reais, chegando a um valor de mercado de R$ 2 bilhões.
Contudo, ao que tudo indica, a empresa não conseguiu convencer os investidores que a faixa indicativa de preço, entre R$16,30 e R$18,10, correspondia as expectativas.
Por outro lado, o IPO da Privalia chegaria em um momento em que há uma alta concorrência de IPOs. Raizen, CBA, Grupo Soma, estão em sequência na listagem da B3.
A empresa buscava, com o IPO, utilizar os recursos para aquisição de ativos do acionista controlador, transferência da plataforma de ecommerce do acionista controlador, investimento em marketing e reforço do capital de giro da companhia e potenciais aquisições de negócios.
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Participação da BTG Pactual
Embora o IPO da Privalia tenha sido suspenso mais uma vez, o BTG Pactual manteve sua participação em futuro IPO. O banco ficará com 5% da oferta pública para conduzir a operação, além de ser líder da coordenação do IPO. Itaú BBA, J.P Morgan, Credit Suisse seriam as outras coordenadoras da operação.
Nesse sentido, ainda em julho, o BTG Pactual havia fechado acordo de exclusividade com a Veeppe, uma varejista que vende produtos por meio de vendas flash online, empresa a qual a Privália faz parte.
O contrato deve ser firmado dentro de 180 dias. O acordo deu direito ao banco de oferecer serviços financeiros aos usuários da plataforma.
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Outlet online
A Privalia foi fundada em 2006, pelos empresários José Manuel Villanueva, e Lucas Carné na cidade Barcelina. O objetivo era expandir um mercado varejista de roupas em ascensão, levando peças de marcas notórios a todo o público.
A empresa tem como alvo um vasto público, feminino, masculino, infantil além de trabalhar com artigos para casa, louça, etc.
Com isso, a Privalia se posiciona no mercado como um outlet online, com um catálogo de 1500 marcas, fornecendo descontos de até 70%.
Também possui uma base de 15,2 milhões de clientes cadastrados na plataforma. A empresa realiza suas vendas através de aplicativo e seu site online, utilizando as redes sociais para impulsionar a marca.
Além disso, a marca consegue oferecer altos descontos por não possuir gastos com logística e armazenamento. O estoque das peças anunciadas fica diretamente em seus fornecedores.
Ou seja, as peças de vestuário saem diretamente do depósito do seu fornecedor para a casa dos clientes. Em contrapartida, essa estratégia eleva o tempo de entrega para o consumidor.
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