Onde investir no 2º semestre: Renda Fixa e Criptos lideram preferências

Nossa bolsa está passando por um momento turbulento, e a renda fixa volta a ganhar notoriedade. Para muitos a bolsa está demasiadamente barata.

Contudo, com a crescente alta nos juros e o bom desempenho das criptomoedas no primeiro semestre. O investidor segue receoso, ainda que as ações pareçam de fato estarem com preços interessantes. 

Não é novidade para ninguém que devido ao nosso histórico de juros altos, o investidor por aqui sempre deixou boa parte de suas economias concentrada nesse tipo de investimento. Contudo, parecia que tudo estava mudando com o ciclo de quedas de juros terminados em março desse ano. 

Renda Fixa voltando a ser a preferência dos investidores

Para esse segundo semestre, mais uma vez se repetiu o que havia ocorrido em julho, os CDBs (certificados de depósitos bancários) e os títulos do tesouro direto ficaram com o primeiro e o segundo lugar na preferência de investidores do mês de agosto, isso conforme a plataforma de investimentos Yubb.

Essas escolhas refletem a preocupação dos investidores com o futuro do país. O mercado é sem dúvidas averso a todo tipo de incerteza.

Nesse sentido, a avaliação da maioria dos investidores é de que o país enfrenta muitos desafios fiscais. Além da forte pressão inflacionária que cada vez mais assusta não só o investidor como todos os brasileiros. 

Criptomoedas vão ganhando espaço na preferência do investidor

Os criptoativos ficaram em terceiro lugar, após estarem um tempo fora do radar por um tempo. Não aparecendo no ranking divulgado e estando apenas em nono no mês de junho.

Com isso, o recente aumento do interesse brasileiro na criptomoeda é reflexo da valorização das principais criptomoedas. O Bitcoin valorizou 14,09% no mês e o ether saltou 40,29%. 

Investimentos

Assim com a consolidação de alta desse mercado no mês. O investidor passou a olhar com mais carinho o mercado de criptomoedas. Além disso, esse mercado vem se mostrando resiliente e momentos de maior preocupação com o cenário macro mundial. 

Veja também: Bitcoin acompanha crescimento na preferência de jovens investidores

Cenário Brasileiro faz investidor agir com cautela em relação à Bolsa e partir para renda fixa

Por aqui, a preocupação com o cenário fiscal segue firme. Além disso, a preocupação com o avanço da reforma do imposto segue fazendo preço na bolsa. O ambiente está nervoso, e enquanto a bolsa americana segue realizando novas altas, a bolsa brasileira fechou o mês no negativo. 

Outro ponto que vem deixando os investidores em alerta, é o 7 de setembro e os desdobramentos envolvendo as instituições do país. Esse dia de fato promete, e o mercado está bastante receoso com o que pode acontecer diante dessas manifestações que ocorrerão no feriado.

Diante de tanto nervosismo, onde investir no segundo semestre (renda fixa)?

Manter uma parte da carteira em criptoativos pode sem dúvida ser bastante interessante. Contudo para quem deseja surfar a alta da selic e continuar se protegendo da inflação. O mercado como dito, vem revisando as expectativas para ambos indicadores e já espera uma selic entre 6,5 e 7% até o fim desse ano. 

Pós Fixados

Com o intuito de surfar essa alta de juros, alguns títulos atrelados ao CDI podem ser bastante interessantes. Títulos como (LCI), Letras de Crédito Imobiliário ou (LCA), títulos emitidos por bancos, isentos de imposto de renda e com cobertura do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Além disso, esses títulos possuem isenção de IR. Já entre os investimentos pouco conservadores, uma opção interessante seriam os fundos de crédito privado. Esses são fundos que investem em títulos privados como debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRI) e títulos bancários (como as Letras Financeiras).

Títulos públicos indexados a inflação (NTN-B)

Com a inflação ainda pressionando, se proteger é muito importante. Até porque o cenário fiscal e político não deve melhorar muito no curto prazo. É importante lembrar que teremos uma eleição bastante complicada pela frente. 

Assim aportar uma parte do seu capital em títulos atrelados a inflação como o NTN-B, pode ser bastante interessante. Dessa forma, o NTN-Bé um título público composto por uma parte pré-fixada acordada no momento da aplicação em conjunto com a variação da inflação.

Além disso, esse título possui opção de cupom semestral. Para o investidor que se interessou pode comprar diretamente através de sua corretora. A maioria das corretoras não cobra taxas para se negociar títulos públicos. 

ETF de renda fixa (IMA-B)

Outra alternativa bastante interessante para quem deseja se proteger da inflação são os fundos de índice que acompanham os indicadores de renda fixa da Anbima, os IMAS.

Existem ao menos duas opções de ETF de renda fixa na B3. O IMAB11 e o IMBB11, ambos acompanham o IMBA-B, índice que mede o desempenho de uma cesta de NTN-B, com vários vencimentos.

Veja também: B3 ganha dois ETFs 100% expostos em Ethereum

Criptomoedas

Como vimos, uma das opções mais buscadas no mês passado, o investimento em criptomoedas também pode ser realizado via ETF pela B3, ou em alguma corretora de criptomoedas.

Existem algumas disponíveis no Brasil, podendo variar com relação às taxas. Entre as exchanges disponíveis, podemos citar a Nox Bitcoin e a Binance.

Conclusão

Como vimos, o país está passando por um momento bastante turbulento com a chegada de novas eleições bastante tensas. Nesse sentido, para quem busca investimentos de longo prazo há de fato, oportunidades interessantes na bolsa. 

Contudo, se você está receoso com a situação do país e prefere proteger o seu capital, principalmente contra a inflação. Existem opções interessantes na renda fixa.

Foram colocadas algumas opções de investimentos atrelados a inflação. Dado que, caso haja uma eventual subida de juros, os títulos pré fixados, possuem uma possibilidade maior de perderem valor na marcação a mercado. 

Por fim, é importante ressaltar que as criptomoedas aparecem também como uma forma interessante de diversificar sua carteira, tornando-se no último mês, um dos tipos de investimentos mais acessados por investidores. Em outras palavras é uma boa oportunidade para diversificar o potfólio. 

Assim, é importante que o investidor tenha plena noção da quantidade a ser alocada. Lembrando que diferente da renda fixa, criptomoedas possuem forte volatilidade. Por isso, também são opções de produtos financeiros que devem ser pensadas mais para o médio e longo prazo. 

Veja também: Comprar criptomoedas ou investir através de um ETF da B3?

 

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