Geração de emprego perde força no ano de 2022; Entenda!

De acordo com o IBGE, desemprego, de forma simplificada, se refere às pessoas com idade para trabalhar (acima de 14 anos) que não estão trabalhando, mas estão disponíveis e tentam encontrar trabalho. Assim, para alguém ser considerado desempregado, não basta não possuir um emprego.

Assim, diante da atual crise que fez o número de desempregados no país ultrapassar as 15 milhões de pessoas e a taxa de desemprego encostar nos 15%, o mercado de trabalho vem dando sinais de recuperação. Há geração de vagas, embora com rendimento menor e puxada especialmente pelos informais e autônomos.

Todavia, mesmo essa melhora quantitativa deve desacelerar seu ritmo nos próximos meses, alertando o cenário para os trabalhadores este ano, sendo um alerta para o nível de desemprego. Tendo em vista as estimativas de um crescimento muito fraco ou até retração da economia brasileira em 2022, as projeções de bancos e consultorias apontam que o total de desempregados deve ainda permanecer alto.

Neste caso, o número de desempregados deve permanecer acima das 12 milhões de pessoas em dezembro deste ano, ou então ultrapassar os 14 milhões, segundo algumas casas. A taxa de desemprego deve se aproximar do nível pré-pandemia, no qual se dava próximo aos 12% no trimestre móvel encerrado em fevereiro de 2020.

Desemprego em julho 2021

De acordo com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o mercado de trabalho doméstico ganhou forças durante todo o mês de julho, isso com o Indicador Antecedente de Emprego no Brasil (IAEmp) avançando para patamares pré-pandemia.

Segundo o IAEmp, o mercado de trabalho no Brasil, teve alta de 1,6 ponto em julho, a 89,2 pontos, máxima desde fevereiro de 2020 que chegou a 92,0 pontos. De acordo com Rodolpho Tobler, economista da FGV lbre, “o IAEmp mantém em julho a tendência positiva dos últimos meses, retornando ao nível anterior à pandemia”.

Além disso, segundo dados divulgados pelo IBGE no início de agosto, a taxa de desemprego no Brasil teve um ligeiro recuo no trimestre encerrado em maio, mas ainda é a segunda mais alta da série histórica. Totalizando 14,8 milhões de desempregados, a economia brasileira ainda busca engatar uma recuperação dos danos causados pela pandemia.

Expectativas para 2022

É de se esperar um certo aumento da população ocupada, mas os riscos ao se considerar o cenário atual de inflação, eleições ou então a própria pandemia, com a variante ômicron, deve comprometer o cenário como um todo. Mais do que isso, uma melhora mais expressiva do mercado, como a taxa de desemprego de um dígito que não é vista desde 2016, ainda é muito distante, de acordo com especialistas

De acordo com o pesquisador da consultoria IDados Tiago Barreira, “Estamos vendo uma queda bem significativa do desemprego, muito puxada pela informalidade, que deve seguir até os dados referentes ao fim de 2021. Mas o cenário de 2022 segue muito nebuloso para a economia e para o mercado de trabalho. Há uma incerteza eleitoral muito grande, acompanhada de uma inflação elevada e juros altos. Além disso, existe a questão da ômicron”.

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