Desigualdade avança no Brasil mais do que em outros países, diz FGV

A pandemia aumentou a desigualdade muito mais no Brasil do que em outros países pelo mundo, de acordo com um estudo da Fundação Getúlio Vargas que afirmou que a desigualdade em nosso país aumentou mais do que em outros 40 países.

Esses dados foram analisados antes e durante a pandemia, destacando que a desigualdade social aumentou ainda mais para as pessoas de baixa renda. Se a pandemia é um choque global que afetou praticamente todos os países do mundo, no Brasil com uma má administração do Governo Federal e saúde precária, os resultados foram ainda piores.

Saúde e educação estão entre os setores que mais contribuem para a desigualdade social no país

A saúde e educação são dois dos principais indicadores que mostram como a desigualdade social no Brasil cresceu em relação ao mundo. Dos 40% mais pobres, a satisfação caiu 22% no Brasil, contra 2,38% no mundo. O tempo médio de estudo também caiu, para apenas 2 horas e 18 minutos, ficando bem atrás das 4 horas mínimas recomendadas.

Outro ponto desanimador no Brasil e que não ocorreu com muita frequência nos países desenvolvidos, é que muitas crianças no nosso país não tiveram como acompanhar as aulas online, seja pela ausência de Internet, como de um dispositivo móvel ou de um computador, perca essa que será muito sentida no futuro.

PIB per capita desaba e desvalorização do real atinge recorde

Com a chegada da pandemia, o PIB per capita do Brasil que já era baixo, foi ainda mais afetado que os países desenvolvidos, caindo para o mesmo patamar de 2011. Além do aumento do desemprego, a desvalorização no ano de 2020 do real em comparação ao dólar contribuiu para o empobrecimento principalmente da população com menos recursos.

Na saúde, houve uma queda de satisfação de 10,5% entre os mais pobres e uma alta de 2,28% na média apresentada em outros países que foram mais eficientes no combate à Covid-19. Já a população mais rica no Brasil, apresentou uma satisfação de 0,5% com a saúde, contra 0,8% no mundo.

Tempo de aulas perdido irá resultar em índices negativos no futuro

Várias crianças no Brasil ficaram até 500 dias sem aulas, o que certamente irá impactar negativamente no futuro. Com um bom índice de educação, o país pode conseguir resultados positivos no mercado de trabalho no futuro, porém isso não irá acontecer caso as crianças voltem a ter longas pausas no período letivo.

Também houve muitas críticas ao atual Governo Federal sobre as políticas equivocadas no setor ambiental, onde não aconteceram políticas rígidas e o resultado foi uma perda dos negócios, além de uma grande fuga de capital de investidores do Brasil, motivados pela incerteza política.

A pandemia também aumentou a consciência dos consumidores e colocou ainda mais em prática o conceito de empresa sustentável. Todos esses pontos, mesmo que por pouco, o Brasil foi ficando atrás das nações mais desenvolvidas, o que contribuiu e muito para um agravamento da desigualdade social no Brasil.

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