Criptomoedas dominam as estatísticas de golpes financeiros, revela a CVM

As promessas de rendimentos fáceis acabam fazendo novas vítimas no Brasil quase todos os dias. Segundo uma pesquisa recente realizada pela CVM, 43% dos golpes financeiros envolvem criptomoedas, atraindo principalmente os homens na faixa etária dos 30 anos e com renda salarial de até R$ 5.500.

O que a CVM destaca é que o número de pirâmides financeiras envolvendo as criptomoedas aumentou desde o início da pandemia, sendo que na maioria das vezes quem cai nesse tipo de golpe está buscando rendimentos em um curto prazo, acreditando na forte alta do Bitcoin, que somente neste ano subiu 58%.

Crimes financeiros subiram mais de 75% e criptomoedas lideram a estatística

A pesquisa da CVM mostrou que desde o ano passado, os crimes financeiros subiram 75%, com a maior porcentagem para os golpes que são aplicados utilizando das criptomoedas, com 43%.

O principal meio para a divulgação das fraudes acontece através do WhatsApp 27,5%,, seguido da divulgação por boca a boca, com 19,7%. As vítimas mais comuns são os homens, com 91% do total das vítimas.

A faixa etária mais propensa a cair nesse tipo de golpe financeiro tem entre 30 a 39 anos, com 36,5% do total de vítimas, sendo que a renda familiar média vai de dois até cinco salários mínimos, com 23% no total. O fator mais interessante talvez seja que 71% do grupo que cai em golpes tem ensino superior ou até pós-graduação.

Veja como evitar cair em golpes financeiros

Segundo Carlos Castro, que integra a equipe da Associação Brasileira de Planejamento Financeiro, os investidores devem ficar atentos a alguns passos para evitarem cair nesses golpes financeiros.

A primeira dica é duvidar as promessas de ganhos absurdos. Quando se investe na renda variável, é preciso entender que este mercado é diferente da renda fixa, onde um ativo pode subir ou descer em questões de minutos.

O próximo passo é não investir no que não se conhece. Realizar investimentos em uma criptomoeda sempre pode se mostrar arriscado, ainda mais quando se trata de um projeto novo, com pouca capitalização de mercado ou mesmo quando se trata de uma moeda meme que não se sabe qual será a sua funcionalidade.

Jamais transfira dinheiro para os desconhecidos

Não realize transferências para um investimento em uma empresa que não possui CNPJ, que se tenha poucas informações ou histórico de problemas na Justiça. O mais recomendado quando se investe em criptomoedas é realizar as compras através de uma carteira segura ou de exchanges, como Binance, Huobi, OKEx ou pelas nacionais.

A maior parte das corretoras são confiáveis para negociação, até porque elas contam com suporte, atendimento por e-mail e chat no aplicativo. As exchanges nacionais são reguladas pela CVM, o que facilita o contato.

Recentemente, o caso mais popular envolvendo fraudes com o Bitcoin esteve relacionado ao Rei do Bitcoin, que mantinha operações através de bancos de fachada em especial no Paraná, faturando bilhões de reais com as vítimas que caíram em seus golpes financeiros.

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